terça-feira, 17 de maio de 2011

LENDA FOLCLORICA DE PETROLÂNDIA

A PEDRA DE NAIR
O ENCANTO DA PEDRA DE NAIR
LITERATURA DE CORDEL- AUTOR (JOSÉ LUIZ DA SILVA (ARTISTA DA TERRA)

1.      A  antiga PetroLândia
Deixou saudades em muita gente
Suas lendas são muito antigas Marcou o povo pra sempre
Por serem muito antigas
Alguém fala que é mentira
E o povo esquece pra sempre.

2.      Vou falar de um só
Que ao povo muito marcou
É sobre a pedra de Nair
É dela mesmo sim senhor.
Era algo aterrorizante
Historia horripilante
Minha avó foi quem me falou.
3.      Eu conheci aquele canto
Com meu pai pesquei lá
Fosse noite ou fosse dia
Nunca fui de me assustar
Mas tinha algo suspeito
De deixar insatisfeito
Quem lá fosse visitar.

4.      Era na margem do rio
Num local que era profundo
Quem mergulhasse naquele ponto
Chegava logo ao fim do mundo
Pois o clima era tenso
Se for do jeito que eu penso
Não voltaria eu presumo.
5.      Muita gente visitava
Era como romaria
Duas pedras arredondadas
Outra rampa que descia
Parecia com uma boca
A respeitar por alguém
Que ali não conhecia.

6.      Uma jovem adolescente
Vinda de Tacaratu
Visitava Petrolândia
Veio só fazer historia
Pois para o povo desta cidade
Todo o fato ocorrido
Ficou gravado na memória.
7.      Era jovem e encantadora
Uma linda adolescente
Na nossa sociedade
Filha de gente decente
Pra o povo que a conheceu
Como tudo aconteceu
Podia ser diferente.
8.      Porém a natureza é tirana
Nisso podemos acreditar
Sacrificar uma linda jovem
Pra o rumo de tudo mudar
É isso que entristece
E muitos se aborrecem
Por não poder outra historia contar.
9.      Mesmo assim continuamos
Relatando nossa história
Praqueles mal desalmados
A vida é cheia de gloria
Se fosse no próprio umbigo
Tudo isso que lhe digo
Doía na cachola.
10.  A jovem ali visitava
Sem nada desconfiar
Com muita gente bem próxima
Na água a mergulhar
Tomava banho de sol
Outros pescavam de vara
Tentando seu peixe pescar.

11.  A jovem se aproximou
Começou a fitar o local
O povo pensava que a jovem
Estivesse passando mal
Ficara hipnotizada
Ao olhar pra toda água
Que pra ela era normal.

12.  Fora puxada como encanto
E aos poucos fora sumindo
O povo tentando salvá-la
Aquele corpo franzino
Seu corpo imóvel desceu
Num circulo desapareceu
Como que estivesse sorrindo.
13.  Não fizera nenhum esforço
Para tentar se salvar
Pois o Deus que a chamara
Levou-a pra não mais voltar
Um turbilhão se formou
No lugar que ela afundou
Ninguém pode mais mergulhar.

14.  Depois que a turbulência passou
O povo ali mergulhou
Num esforço até desumano
Pra jovem poder encontrar
Porém não encontraram nada
Da jovem que ali visitava
Que acabara de se afogar.
15.  O local ficou assombrado
O povo dali se afastou
Alguém via luzes piscando
Ninguém ali mais mergulhou
Se mergulhasse via a jovem
Com seus lindos braços abertos
Atraindo o seu grande amor.
16.  Muito a ouviam cantar
Um canto muito bonito
Ecoava na margem do rio
No local que era descrito
Da morte da linda garota
Só a voz atraente ecoa
Pois seu sonho só fora fictício.

17.  O canto é de uma sereia
Que um dia ali se afogou
É um canto tão emotivo
Que atrai todo pescador
Atrai até quem não pesca
Pois ali só o que resta
É um cenário de horror.

18.  Como se existisse
Um outro mundo diferente
Cada vez atraindo gente
Como se fosse um ritual
Pra tomar sol e pescar
Se divertir e se afogar
Mergulhar em busca do mal.
19.  As águas bem revoltosas
Panelas a se formar
Com grandes redemoinhos
Todos eles sempre a gritar
Guardando no mesmo sentido
Num mundo desprotegido
Pra quem quiser se arriscar.
20.  Você teria coragem
De arriscar a sua vida
Mergulhar nas profundezas
Sem saber se tem saída
Os deuses a atraíram
Num instante tão sutil
Numa trama decidida.
21.  Petrolâdia ficou marcada
A historia resistiu
Passou de pai para filho
Só o tempo contribuiu
Viam ela sentada na pedra
A soluçar sem se afastar
Das linhas água do rio.
22.  Essa é a história de NAIR
Não precisa acreditar
Mesmo que o tempo passe
Ela vai sempre estar lá
Sentada e de braços abertos
Esperando o momento certo
De poder te abraçar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário