A PEDRA DE NAIR
O ENCANTO DA PEDRA DE NAIR
LITERATURA DE CORDEL- AUTOR (JOSÉ LUIZ DA SILVA (ARTISTA DA TERRA)
1. A antiga PetroLândia Deixou saudades em muita gente Suas lendas são muito antigas Marcou o povo pra sempre Por serem muito antigas Alguém fala que é mentira E o povo esquece pra sempre. | 2. Vou falar de um só Que ao povo muito marcou É sobre a pedra de Nair É dela mesmo sim senhor. Era algo aterrorizante Historia horripilante Minha avó foi quem me falou. |
3. Eu conheci aquele canto Com meu pai pesquei lá Fosse noite ou fosse dia Nunca fui de me assustar Mas tinha algo suspeito De deixar insatisfeito Quem lá fosse visitar. | 4. Era na margem do rio Num local que era profundo Quem mergulhasse naquele ponto Chegava logo ao fim do mundo Pois o clima era tenso Se for do jeito que eu penso Não voltaria eu presumo. |
5. Muita gente visitava Era como romaria Duas pedras arredondadas Outra rampa que descia Parecia com uma boca A respeitar por alguém Que ali não conhecia. | 6. Uma jovem adolescente Vinda de Tacaratu Visitava Petrolândia Veio só fazer historia Pois para o povo desta cidade Todo o fato ocorrido Ficou gravado na memória. |
7. Era jovem e encantadora Uma linda adolescente Na nossa sociedade Filha de gente decente Pra o povo que a conheceu Como tudo aconteceu Podia ser diferente. | 8. Porém a natureza é tirana Nisso podemos acreditar Sacrificar uma linda jovem Pra o rumo de tudo mudar É isso que entristece E muitos se aborrecem Por não poder outra historia contar. |
9. Mesmo assim continuamos Relatando nossa história Praqueles mal desalmados A vida é cheia de gloria Se fosse no próprio umbigo Tudo isso que lhe digo Doía na cachola. | 10. A jovem ali visitava Sem nada desconfiar Com muita gente bem próxima Na água a mergulhar Tomava banho de sol Outros pescavam de vara Tentando seu peixe pescar. |
11. A jovem se aproximou Começou a fitar o local O povo pensava que a jovem Estivesse passando mal Ficara hipnotizada Ao olhar pra toda água Que pra ela era normal. | 12. Fora puxada como encanto E aos poucos fora sumindo O povo tentando salvá-la Aquele corpo franzino Seu corpo imóvel desceu Num circulo desapareceu Como que estivesse sorrindo. |
13. Não fizera nenhum esforço Para tentar se salvar Pois o Deus que a chamara Levou-a pra não mais voltar Um turbilhão se formou No lugar que ela afundou Ninguém pode mais mergulhar. | 14. Depois que a turbulência passou O povo ali mergulhou Num esforço até desumano Pra jovem poder encontrar Porém não encontraram nada Da jovem que ali visitava Que acabara de se afogar. |
15. O local ficou assombrado O povo dali se afastou Alguém via luzes piscando Ninguém ali mais mergulhou Se mergulhasse via a jovem Com seus lindos braços abertos Atraindo o seu grande amor. | 16. Muito a ouviam cantar Um canto muito bonito Ecoava na margem do rio No local que era descrito Da morte da linda garota Só a voz atraente ecoa Pois seu sonho só fora fictício. |
17. O canto é de uma sereia Que um dia ali se afogou É um canto tão emotivo Que atrai todo pescador Atrai até quem não pesca Pois ali só o que resta É um cenário de horror. | 18. Como se existisse Um outro mundo diferente Cada vez atraindo gente Como se fosse um ritual Pra tomar sol e pescar Se divertir e se afogar Mergulhar em busca do mal. |
19. As águas bem revoltosas Panelas a se formar Com grandes redemoinhos Todos eles sempre a gritar Guardando no mesmo sentido Num mundo desprotegido Pra quem quiser se arriscar. | 20. Você teria coragem De arriscar a sua vida Mergulhar nas profundezas Sem saber se tem saída Os deuses a atraíram Num instante tão sutil Numa trama decidida. |
21. Petrolâdia ficou marcada A historia resistiu Passou de pai para filho Só o tempo contribuiu Viam ela sentada na pedra A soluçar sem se afastar Das linhas água do rio. | 22. Essa é a história de NAIR Não precisa acreditar Mesmo que o tempo passe Ela vai sempre estar lá Sentada e de braços abertos Esperando o momento certo De poder te abraçar. |
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